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O CWI Let’s Code é um programa que apresenta o mercado de trabalho da Tecnologia da Informação para estudantes no final do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Indo até as escolas, recebendo turmas na sede da empresa ou de forma on-line, a iniciativa abre novas portas na área da TI.

E quem melhor para dizer que a ideia funciona do que quem já viu isso na prática? Neste artigo, trazemos os relatos de quem já participou de edições do evento em diferentes contextos. Boa leitura! 😉


Uma experiência que une teoria, prática e código

Mostrar aos alunos como o que é visto e discutido em aula é aplicado na prática. Esse é um dos objetivos de Jorge Jardim Júnior, do Colégio Sinodal São Leopoldo (RS). Para isso, o professor busca manter uma relação estreita com o mercado.

“O Let’s Code é um exemplo ideal de programa que todas as empresas deveriam ter para atrair cada vez mais a atenção dos jovens para a indústria”, avalia. “Esse tipo de aproximação entre empresa e escola é essencial para ajudar a fomentar e a inspirar os alunos a entrarem na área.”

O contato também é valioso em colégios que oferecem curso técnico de Informática, como é o caso do Ulbra São Lucas, de Sapucaia do Sul (RS). O diretor Everton Vargas vê a CWI como uma empresa de referência na área de tecnologia, “a qual representa muito para qualquer instituição que atua com ensino de TI e que busca apresentar cases de sucesso e de inovação a seus alunos”.

Por isso, Everton quis oportunizar o CWI Let’s Code a estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Técnico da escola. “Não tive dúvidas, pois certamente agregaria conhecimento e demonstraria aos alunos uma experiência importante, por conhecer a empresa e vislumbrar as possibilidades dentro da área de tecnologia da informação.”

Marcelo Telles, que levou o Let’s Code para a Escola de Aplicação Feevale (Novo Hamburgo/RS) e para o Colégio Luterano Concórdia (São Leopoldo/RS), também buscou proporcionar aos estudantes uma atividade diferenciada. “Achei a proposta bastante inovadora, pois oferece competição e colaboração, além de permitir aos envolvidos diferentes habilidades atuando em diversas posições, dando continuidade ao trabalho dos demais e passando adiante aquilo que desenvolveu.”

Ele se refere ao desafio prático da área de TI que é proposto no CWI Let’s Code de forma lúdica. Na oportunidade, os estudantes fazem a programação no computador e veem a ação acontecendo em um Arduino (placa de prototipagem eletrônica de código aberto, foto a seguir).

Kits de Arduinos em cima de uma mesa. São placas eletrônicas com display de 7 segmentos (para exibição de números).

Autonomia, responsabilidade e vontade de ver mais

A união de teoria e prática no evento vem trazendo bons resultados. O professor Jorge menciona que os seus alunos gostaram muito do desafio de encontrar o código escondido em um código-fonte e “de ouvir os relatos e histórias reais de problemas que os profissionais da empresa enfrentam no dia a dia”. Já o Marcelo nos diz que os estudantes avaliaram que “a atividade possibilitou mais autonomia e mais responsabilidade se comparada às aulas tradicionais”.

O diretor Everton também expõe que os alunos gostaram muito da experiência, destacando que o desafio os estimulou e os fez desenvolverem seu raciocínio lógico e criatividade. “Alguns nos relataram que não desistiram enquanto não concluíram o desafio”, conta. “Mesmo aqueles que não conseguiram fazer durante a apresentação tentaram depois até que conseguissem. Muitos nos questionaram se haveria outro momento ou uma ‘continuação’ da atividade.”

Casos como esse mostram que nosso objetivo foi cumprido: conseguimos apresentar as possibilidades da Tecnologia da Informação de uma forma instigante, que deixou os estudantes curiosos por mais. ?

Dinâmica torna a carreira na tecnologia uma possibilidade

Esta animação dos alunos também é percebida por monitores e monitoras que acompanham as edições do Let’s Code. “Alguns jovens saem muito motivados e já ali demonstram interesse em seguir a área”, observa Carla Medeiros da Silva, analista de sistemas na CWI. “Quando eles não querem largar o computador para dar a vez ao outro, a gente vê que valeu a pena estar ali.”

Adolescente de costas, sentado junto a uma mesa, usando notebook. Está trabalhando com o Arduino, uma placa eletrônica com display de 7 segmentos (para exibição de números).

O testador Vinicius Pacheco relata que muitos grupos vão além da dinâmica e criam outros programas bem criativos. “Muitos estudantes acham que é super complicado quando a gente apresenta o Arduino, mas ficam muito felizes quando o veem funcionando por um programa que eles mesmos criaram.”

“Os participantes tentam aplicar o mais rápido possível o que foi apresentado previamente, trabalhando em equipe”, completa o desenvolvedor Pablo Trindade. Ele avalia que, pelo fato de a dinâmica determinar que todos os participantes contribuam com o projeto, a experiência fica mais divertida. “Dá para notar aquele sentimento de competitividade, mas ao mesmo tempo de aprendizado e diversão”, garante.


Tecnologia enquanto potencial transformadora de realidades

Crianças sonham em ser médicas, astronautas, cientistas… E não dá para imaginar o que não se conhece, não é mesmo? Na CWI, acreditamos que a tecnologia pode propiciar uma grande mudança na sociedade.

Por ser um mercado muito aquecido, sempre com demanda de profissionais, gera diversas oportunidades. E o Let’s Code, por vezes, é o meio pelo qual mostramos para adolescentes que é uma área que está ao alcance de todos. “Eles percebem até onde podem ir, crescer como pessoas e profissionais e, ainda, que o estudo é o caminho”, resume Carla. “A gente vê os olhinhos deles brilhando.”

A seguir, deixamos o depoimento da desenvolvedora Paula Tomasi, que também atua como monitora do CWI Let’s Code, sobre como o evento pode ser transformador.

No momento que levamos a tecnologia como opção de futuro para pessoas que muitas vezes não a viam como uma possibilidade, também abrimos os horizontes. Além disso, a partir das dinâmicas, temos ainda a chance de plantar a sementinha em cada um dos participantes. Os que se encantam geralmente pegam o conteúdo de forma muito orgânica, parece que só nunca tinham sido expostos à área, mas sempre tiveram “jeito”. Impossível não ficar feliz em conseguir mostrar as possibilidades e ver que alguém estava só esperando uma oportunidade para despertar o interesse por tecnologia.

A Cristiane Fernandez, designer na CWI, também compartilha deste ponto de vista.

Como sou filha de um analista de sistemas, cresci ouvindo sobre o potencial transformador da tecnologia. Mas ver o brilho no olhar da gurizada e saber que estamos abrindo portas para um interesse que pode alavancar uma boa carreira é realizador. A dinâmica é tão envolvente que ninguém fica de fora. Dentro dos pequenos grupos, se forma um ambiente de time mesmo, onde cada um doa um pouco do que sabe para o outro. Fora que as competições para ver quais grupos completam as tarefas mais rápido são engraçadas de ver, além de saudáveis, já que acabam refletindo por vezes o próprio mercado de trabalho.

A perspectiva do Pablo complementa a da Paula e da Cristiane, acreditando no impacto do CWI Let’s Code. “No meu tempo de escola, eu teria adorado participar de um projeto desses, me mostrando a área de tecnologia como uma possibilidade profissional de uma forma divertida e prática.”

Para a Carla, a sensação é parecida, já que ninguém apresentou o mundo da tecnologia a ela. “A profissão que escolhi me faz muito feliz, mas não foi fácil decidir por este caminho, até porque não tinha muito conhecimento do que iria encontrar e como seria trabalhar nesta área. Quando conheci o projeto, vi que poderia auxiliar os jovens na tomada desta decisão, de escolher esse campo para seu futuro.”

Apresentar futuros possíveis para diferentes contextos

O CWI Let’s Code atende escolas municipais, estaduais e particulares. Com isso, cada evento tem uma característica própria. Trabalhamos com jovens de diversas idades, vivências e conhecimentos, como destaca a Carla.

“Sempre temos pessoas diferentes, que têm o interesse despertado de formas diferentes”, resume a Paula. “Acredito que o maior desafio sempre está em entender como tocar cada um dos participantes, nem que seja para que fiquem com a pulga atrás da orelha e passem a cogitar a área.”

Duas pessoas, uma mulher de cabelos longos e loiros e um homem de cabelos curtos e escuros, auxiliam um adolescente, que aparece de costas, a realizar a sua tarefa em um notebook. Eles estão em um ambiente interno, junto a uma mesa de madeira. Ao fundo, temos um quadro branco com algumas anotações ilegíveis e pequenas folhas adesivas coloridas.

Parte desse desafio inclui, por vezes, apresentar as ferramentas utilizadas aos estudantes. O Vinicius já participou de eventos em que “muitos não tinham computador ou usavam pouco, então ficavam receosos de usar”. A Carla comenta que o acesso a computadores e celulares ainda é muito restrito, citando como exemplo já ter ensinado ações como o CTRL+C e CTRL+V. “Isso só mostra que temos muito para melhorar ainda como municípios, estados e país. A desigualdade social ficou muito visível.”


Aprendizado também para quem ensina

As edições presenciais do CWI Let’s Code costumam ser ministradas por dois instrutores e são acompanhadas por até cinco monitores da nossa equipe. Isso significa que os estudantes têm oportunidade de interação direta com profissionais experientes.

Mas o aprendizado e as boas experiências vêm também para quem realiza essas monitorias. Todos os colaboradores da CWI são convidados a participar, seja qual for a sua área de atuação. 

A Cristiane, por exemplo, tinha receio de se candidatar e, no fim, aprendeu a codar com o CWI Let’s Code. “Como designer, código não é algo que eu tenha tanta afinidade. Mas tudo foi muito explicado e a garantia de que eu não passaria nenhum aperto me empolgou! Ouso dizer que até hoje sou usada de exemplo para o ‘não precisa saber codar para ser monitor’. E não precisa mesmo, basta curiosidade e vontade de ajudar.”

A experiência do Pablo vai ao encontro dessa afirmação da Cristiane. Quando começou a participar dos eventos, ele não conhecia a codificação em Arduino. “Nas primeiras edições, eu prestava atenção tanto quanto os participantes, para aprender e depois conseguir sanar as dúvidas deles”, lembra. “O processo como monitor é bem tranquilo e, além do mais, a gente conta com o apoio de toda a equipe.”

Se você gostou da ideia de apresentar a carreira na tecnologia para estudantes, inscreva agora a sua escola no CWI Let’s Code! Pode ser uma oportunidade única na vida de um adolescente que nunca considerou essa possibilidade. 😉


Conheça também outros programas de formação da CWI: o Crescer (estágio na área da Tecnologia da Informação) e o Reset (transição de carreira para a TI).


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